CARTA ABERTA DA FEDERAÇÃO NACIONAL DOS/AS ASSISTENTES SOCIAI

12/10/2014

CARTA ABERTA DA FEDERAÇÃO NACIONAL DOS/AS ASSISTENTES SOCIAIS/FENAS


PREZADOS E PREZADAS ASSISTENTES SOCIAIS,


Desde a criação da nossa Federação temos uma história marcada pela luta em defesa da nossa categoria e dos trabalhadores do nosso país, pautando-nos na democracia, no respeito ao pensamento divergente e na liberdade de expressão.
Entretanto, diante do cenário eleitoral do nosso país, não podemos e nem queremos ficar no confortável e covarde campo da neutralidade.

Vimos a publico nos posicionar em relação às candidaturas que se apresentam à presidência do Brasil.
Não estamos aparelhando a entidade nem fazendo discurso partidário, mas há claramente um projeto em curso que ameaça as conquistas históricas dos/as trabalhadores/as e os direitos sociais da população.
Ao defender a redução da maioridade penal, o ajuste fiscal com redução do papel dos bancos públicos, flexibilização da legislação do trabalho, relações comerciais preferenciais com EUA, aceitação às diretrizes do Fundo Monetário Internacional/FMI para o combate a crise econômica mundial e um vigoroso pacote com corte dos investimentos públicos, a candidatura tucana nos empurra inexoravelmente para os braços impiedosos do neoliberalismo e a uma receita bem conhecida que gerou desemprego, submissão ao FMI e o aumento da fome e da exclusão social.

Apesar da nossa avaliação crítica ao atual governo e suas alianças heterodoxas, reconhecemos conquistas importantes nessa última década como a redução da miséria, aumento do emprego e do salário mínimo, investimento em políticas sociais e o fortalecimento das relações comerciais com países de orientação socialista, redução do déficit habitacional, aumento da escolaridade e ascensão das classes mais pobres. Essas conquistas se traduzem em fatos reais: a Organização das Nações Unidas tira o Brasil do mapa da fome, resultado dos programas de transferência de renda, de investimentos na produção de alimentos e no desenvolvimento prioritário das regiões norte e nordeste; o enfrentamento da crise mundial protegendo o emprego, enquanto o desemprego na Europa chega a um patamar entre e 12 e 25%, o Brasil apresenta uma taxa variável entre 5 e 6 %; mudança nas relações internacionais afirmando sua soberania, criando o MERCOSUL e os BRICS; criação do PRONATEC, FIES e do Ciência sem Fronteira, oportunizando uma carreira profissional aos mais pobres; criação do SUAS - Sistema Único da Assistência Social materializando o conteúdo da LOAS - Lei Orgânica de Assistência Social que possibilitou a criação de centros de referência para a proteção social da população em situação de vulnerabilidade social e gerou milhares de empregos para nossa categoria; no campo da saúde, considerando a corresponsabilidade constitucional com estados e municípios, houve um investimento nos serviços de urgência e emergência com a criação dos SAMUs e das UPAs e o mais corajoso enfrentamento corporativista com a criação do Programa MAIS MÉDICOS para combater a falta de resolutividade da atenção primária; fortalecimento das instâncias de controle social com a realização de centenas de conferências na área da saúde, educação, assistência social e demais políticas públicas que oportunizaram um extraordinário debate entre governo e sociedade civil.

Fazemos nossa declaração nesse momento por entendermos que no primeiro turno das eleições haviam várias candidaturas identificadas com os anseios dos trabalhadores/as. Contudo nesse segundo turno assumimos nossa defesa da candidatura DILMA ROUSSEF, deixando claro que vamos combater sempre, nesse ou em qualquer governo, a relação fisiológica entre os governantes e o congresso nacional, a corrupção endêmica que se entranha e corrói todos os setores do país, cujas raízes se fincaram desde a nossa colonização, as privatizações e mazelas do capitalismo.
Convocamos a todos e todas assistentes sociais do país a igualmente marcarem suas posições e barrarem essa onda claramente conservadora e neoliberal que representa o retrocesso e perdas de conquistas históricas. Não se trata de um apelo ingênuo e acrítico, “não nos desiludimos porque não nos iludimos”, sabemos que um projeto ético político identificado com a classe trabalhadora não é construído sem luta, sem organização política, sem um controle efetivo da sociedade sobre as ações do governo. A nossa luta será constante e incansável, mas ela é ela bem mais possível de ser alcançada em governos mais alinhados à esquerda que realmente priorizem as questões sociais e uma sociedade mais igualitária.


Veja também

Resposta do Supremo Tribunal de Justiça a FENAS sobre pedido

Resposta do Supremo Tribunal de Justiça a FENAS sobre pedido

05/09/2016 - Segue resposta do Supremo Tribunal de Jestiça - STF sobre pedido de anulação do processo de impeachment da Pr...

Inscrições abertas: Assembleia Nacional Sindical 2017

Inscrições abertas: Assembleia Nacional Sindical 2017

30/10/2017 - A Federação Nacional dos Assistentes Sociais convida todos (as) Assistentes Sociais do Brasil para Assembleia Nacional Si...

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DEFINIU VALOR DA CONTRIBUIÇÃ

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DEFINIU VALOR DA CONTRIBUIÇÃ

18/02/2013 - Sindicato dos Assistentes Sociais do Paraná realizou Assembleia e definiu o valor da Contribuição Sindical 2013A presidente do SINDASP, Luci...

Seminário Internacional sobre Regulação do Trabalho e das Pr

Seminário Internacional sobre Regulação do Trabalho e das Pr

06/09/2013 - Durante os dias 13 a 16 de agosto, representantes da FENAS – Federação Nacional dos Assistentes Sociais participaram, em Brasília, do “Semin...

NewsLetter

Cadastre-se e receba informações exclusivas por e-mail